terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Fafá de Belém canta Chico Buarque


Uma sugestão musical, o cd "Tanto Mar" de Fafá de Belém. No Disco Fafá interpreta algumas músicas de Chico Buarque, tais como "As vitrines", "Olhos nos olhos", "Bastidores", "Com açúcar, com afeto", uma versão em francês para "Terezinha" (Dans Mon Couer) e muitos outras.
Vale a pena conferir!


sábado, 27 de dezembro de 2008

Mandante da morte de Irmã Dorothy é preso por grilagem de terras

Acusado de ser o mandante do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o "Taradão", foi preso ontem à tarde pela Polícia Federal (PF), em sua casa em Altamira. A prisão preventiva, ordenada pelo juiz federal Antonio Carlos de Almeida Campelo, foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF), após a descoberta de que ele estava novamente tentando tomar posse do lote 55, em Anapu (PA).

Dorothy Stang, morta em 2005

O lote em questão é uma área de três mil hectares, que foi grilada por Taradão no final dos anos 1990 e pela qual um grave conflito fundiário se instalou, culminando com a morte da freira, em fevereiro de 2005. Dessa vez, as acusações são de grilagem e estelionato. "Desde a absolvição, as autoridades que acompanham o caso já temiam que recomeçassem as pressões sobre os assentados.
A atitude de Galvão, de voltar ao local do crime e mais uma vez se dizer proprietário das terras públicas exige a intervenção imediata do Judiciário", disse o procurador da República Alan Mansur Silva. Ainda de acordo com a procuradoria, o fazendeiro chegou a ficar preso durante mais de um ano, mas foi solto em 2006 por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), aguardando o julgamento em liberdade até o momento.
"É preciso máximo rigor com os conflitos fundiários, porque são a causa de tragédias como a morte da irmã Dorothy", declarou Felício Pontes Júnior, procurador da República. Segundo a procuradoria, após a prisão do fazendeiro, o inquérito da PF que investiga a grilagem pode originar um processo criminal do MPF contra Galvão. Ele pode ficar preso até o fim desse processo.
Além da acusação pela morte de Dorothy Stang, o fazendeiro já responde a outras ações judiciais, por trabalho escravo, crimes ambientais e fraudes contra a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). (Com informações do G1)

Retirado do Diário do Pará no dia 27/12/2008

Dicionário Papa-Chibé


Aí vai algumas expressões do nosso povo, da nossa gente:

ÉGUA: vírgula do paraense, usada entre mil de mil frases ditas, e com essa expressão, ele não tem a menor chance de errar nas concordâncias...
LEVOU O FARELO! - se deu mau!
PITIÚ - cheiro de característico de peixe, você consegue sentí-lo com maior intensidade no VER-O-PESO, cheiro de ovo também é pitiú.
SÓ-TE-DIGO-VAI! - expressão usada pelas Mães pra chamar a atenção dos filhos quando não as obedecem!
TE ACOCA - te abaixa.
MUITO PALHA! - muito ruim!
TUÍRA - pó da pele de quem não toma banho direito! rsrs (essa é boa!).
MAIS-COMO-ENTÃO? - "me explique por favor!
"BORA LOGO! - se apresse!
BORIMBORA! - vamos embora
"MAS QUANDO!" - "você está mentindo!".
"EU CHOOORO!!!"- significa " não tô nem aí pra tí!, te vira!, dá teu jeito!".
"OLHA QUE O PAU TE ACHA!" - toma cuidado!.
FILHO DUMA EGUA - filho da mãe;
E-GU-Á - Poxa vida!!!
PAI D'EGUA: - Excelente
MAS CREDO - sai fora
OLHA JÁ - eh mentira!!
JÁ ME VÚ - tchau
ÊÊÊ...-- quando algo que se conta é mentira
ERAS -- o Eras acompanha tabém todos esses sinonimos
TU ALOPRAS -- você "apela"
HUM TÁ, CHEIROSO! -- hahah eu adoro essa expressão.... "hum...ta bom gatinho, ta bom lindo, ta bom bonito.."é uma forma de ironia, tipo "conta outra!".
UUUULHA - expressão usada por nossas criancas quando querem se referir a algo.
ASSANHADO - Para nossos amigos sulistas, esse adjetivo não quer dizer "ENXERIDO", e sim, seu cabelo está bagaunçado!!
DIACHO - Expressão de desapontamento;

Se "tu" sabe de mais algumas, escreva nos comentários!

As causas da violência na Periferia de Belém


Estudo propõe soluções para a violência por meio de parceria entre poderes e sociedade.

Durante seminário realizado no final de fevereiro, no auditório do Centro de Capacitação da UFPA, o Núcleo de Meio Ambiente da UFPA e o Núcleo de Ação para o Desenvolvimento Sustentável (Poema) apresentaram os resultados da pesquisa sobre violência urbana em Belém do Pará, solicitada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva de Planejamento, Orçamento e Finanças. O objetivo da pesquisa foi consubstanciar dados sobre a realidade e servir como insumo para direcionar, consolidar ou ampliar políticas públicas integradas.
Os dados foram apresentados pelos pesquisadores Thomas Mitschein (coordenador), Jadson Fernandes Chaves e Henrique Rodrigues de Miranda. Uma numerosa platéia, formada por pesquisadores, estudantes, comunitários, políticos e administradores estaduais e municipais, assistiu à exposição e participou dos debates. O trabalho dá continuidade à pesquisa "Urbanização selvagem e proletarização passiva na Amazônia: o caso de Belém", iniciada em 1989 por Mitschein e Miranda.
Segundo os pesquisadores, "uma das características do desenvolvimento da região Norte nos últimos 50 anos é um expressivo crescimento de sua população urbana", seguindo uma tendência intimamente ligada às políticas de integração da Amazônia clássica no espaço da economia, implementadas sistematicamente pelo estado nacional a partir da década de 1960. Após um longo período em que pouco avançou em termos demográficos, Belém do Pará registrou um crescimento acentuado entre 1960 e 1980, com incremento populacional de 134%, alcançando, ao final dos anos 80, a marca de 1 milhão de habitantes. O êxodo rural de microrregiões vizinhas, como Bragantina, Baixo Tocantins, Marajó, Salgado, entre outras, contribuía para o aumento populacional e para a crescente demanda por emprego, ocupação e renda, que sobrecarregou a economia da capital.
A pesquisa de Mitschein, Chaves e Miranda mostra que, no caso de Belém, as desigualdades sociais atuam, efetivamente, como fonte da violência urbana. Os pesquisadores consideram óbvio que "as estratégias de contenção da violência urbana passam pela criação de novas perspectivas de sobrevivência, baseadas na multiplicação de ocupação, emprego e renda". No entanto, realçam que, se as opções de ocupação da mão-de-obra desqualificada contribuem para a redução da desigualdade social vigente, elas o fazem de forma lenta. "Altas taxas de crescimento econômico, por mais que possam aliviar a pobreza urbana, não são garantia à constituição de um senso comum que facilite a reprodução pacífica da síntese social", afirmam. "Pelo contrário, esse senso comum precisa ser trabalhado através da construção de uma cultura de paz, que procura solucionar conflitos sociais e pessoais de forma dialógica".
Os autores da pesquisa partem do princípio de que "a cultura de paz tem que ser incentivada sistematicamente, promovendo o diálogo entre os atores das instituições públicas, da sociedade civil e do setor privado em torno daquilo que é o eixo fundamental do 'continente amazônico', isto é, a sua diversidade em termos sociais, culturais e ecológicos".
Assaltos e arrombamentos são os pesadelos da população
As entrevistas realizadas pelos pesquisadores com moradores dos bairros do Guamá, Terra Firme e Bengui e do distrito de Outeiro, na região insular de Belém, apontaram a avaliação que a população faz sobre a violência urbana. Vivendo em bairros periféricos onde a presença do poder público é frágil, essa população está mais sujeita á ação do crime, que vai se organizando em Belém.Assaltos e arrombamentos em residências são os crimes que mais preocupam a população entrevistada. Em torno de 95% delas descrevem esses tipos de crime como um pesadelo. Além de proporcionarem prejuízos materiais consideráveis, como o roubo de bens de consumo comprados a duras penas, eles geram um profundo sentimento de insegurança. O tráfico e o uso de drogas, citados por 75% dos entrevistados representam a segunda causa de preocupação dos moradores. A visão é que ambos facilitam a entrada de jovens, sem perspectivas de emprego e renda, em gangues que praticam as mais diversas formas de vandalismo, entre as quais a destruição do patrimônio, incluindo escolas públicas. Tais gangues, que agem como uma espécie de poder paralelo, competem entre si, ameaçam os moradores e contribuem para o aumento do número de homicídios.Os moradores acham que as formas de atuação da polícia fortalecem o sentimento geral de insegurança nos bairros periféricos. A violência e a corrupção policial foram citadas por 75% dos entrevistados. A principal crítica dirigida contra policiais é a cobrança de propina para recuperação de bens roubados, mas também citam a conivência com infratores que dispõem de recursos financeiros e o tratamento discriminatório, às vezes violento, dispensado à população de baixa renda que procura os seus direitos.Foram também citadas as seguintes manifestações de violência: violência doméstica (55%), Violência sexual (40%), Poluição sonora (30%), homicídios (30%), desrespeito ao idoso (25%), vandalismo (20%), agressões verbais (15%), alcoolismo (10%), racismo (10%), violência física contra crianças e adolescentes (10%), prostituição infantil (5%), discriminação homossexual (5%), entre outras.Falta de trabalho: a causa principalA população também se manifestou em relação às causas locais da violência. Para 75% dos entrevistados, a causa principal da violência na periferia de Belém é a falta de oportunidade de trabalho. A segunda causa, com 65%, é a insuficiência do ensino básico. Com 60% de citação, a falta de saneamento básico ficou como terceira causa de violência. O tráfico de drogas ocupa a quarta posição, com 55% de citações, logo à frente da desestruturação da unidade familiar, que registrou 50%.
Em ordem decrescente foram citadas as seguintes causas, entre outras: a organização popular incipiente, a conivência policial com os infratores, o atendimento insuficiente à saúde, a falta de áreas de lazer e esportes, o descaso da segurança pública, a violência doméstica, a carência de creches, a falta de moradia adequada, a inversão de valores morais e culturais, a discriminação sócioeconômica, a baixa renda familiar, o excesso de proteção legal a menores infratores e a falta de ocupação para os jovens.
Para os pesquisadores, as principais causas apontadas pela população dizem respeito às precárias condições de sobrevivência nos bairros periféricos. Os moradores relacionam violência a questões estruturais, como a falta de saneamento básico, o atendimento insuficiente na área de saúde, as escassas oportunidades de formação profissional e de trabalho e, como conseqüência, as baixas rendas das famílias e as condições precárias de moradia. Segundo os entrevistados pela pesquisa, a atitude mais comum da população ante à violência é uma espécie de inércia coletiva, que faz com que ela evite dar registrar queixa nas unidades policiais. 70% da população, por exemplo, nada fazem diante das agressões de violência.
Propostas para reduzir a violência
A partir dos dados obtidos, os pesquisadores apontam como solução para a redução do quadro de violência na periferia de Belém, além da efetivação de uma política de segurança pública, a promoção de cursos profissionalizantes nas áreas de informática, movelaria, mecânica, elétrica, hidráulica, panificação, agricultura urbana, preparo de alimentos, estética, artesanato, entre outros. Tais cursos vão ao encontro de manifestações propostas pelos próprios moradores nas entrevistas. "Trata-se de uma linha de trabalho que cria perspectivas sócioeconômicas, justamente para aqueles jovens que estão mais sujeitos aos riscos da violência", apontam os pesquisadores, que indicam como indispensável a criação e implantação de uma escola popular profissionalizante, que trabalharia em parceria com os centros comunitários mais atuantes.Outra solução teria um caráter mais assistencial: a implementação de um programa de cestas básicas regionalizadas, criando uma ponte de desenvolvimento entre campo e cidade, transformando as necessidades alimentícias das famílias de baixa renda das zonas urbanas em demanda para as cadeias produtivas do interior. O envolvimento de comunidades rurais organizadas em ação de geração de emprego e renda reduziria o fluxo migratório para Belém. Outras soluções são ainda apontadas, mas o importante, segundo os pesquisadores, é encarar a luta contra a violência como um problema geral. "A solução exige parcerias que envolvem as instituições públicas, a sociedade civil organizada e o setor privado.", finalizam.
Por Walter Pinto
Texto retirado do jornal Beira do Rio

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Belenenses sofrem com a chamada "cultura do barulho"

Em Belém (PA), apontada por uma pesquisa do IBGE como "capital brasileira do barulho" se criou uma "cultura do barulho" que, segundo Rejane Bastos, vice-presidente da Associação Amigos do Silêncio, explica o motivo de a capital ser considerada barulhenta por seus próprios moradores.
"Há caixas de som instaladas em postes, festas de aparelhagem --onde caixas acústicas enormes ganham as ruas. Aqui, barulho é sinônimo de poder", diz.




Segundo ela, há 30 pessoas que possuem esses aparelhos e que mapearam a cidade. "E tem gente que não tem dinheiro para comer, mas tem um som em casa. Até os bares disputam para ver quem faz mais barulho." Bastos conta que já teve um juiz que entrou atirando numa caixa de som porque não conseguia dormir. "Estamos à beira de uma guerra civil."

Para o advogado Jean Carlos Dias, presidente da Comissão de Combate à Poluição Sonora de OAB-PA, há três motivos para tanto barulho: o aspecto cultural, a falta de fiscalização e empresas lucrando ilicitamente com o alto som nas ruas.
Dias diz que o povo paraense é musical e sempre produziu ruído sem se preocupar com o vizinho. "O problema é que os exageros nunca foram coibidos", diz.
Ele também chama a atenção para as "festas de aparelhagem" --onde empresas cobram para fazer shows com caixas acústicas enormes a céu aberto. "É um trio elétrico sem o trio."
Para o advogado, no entanto, o motivo da poluição sonora e do descontentamento do povo é a falta de fiscalização. "O aparelho estatal ainda não está preparado para lidar com a situação. Belém cresceu muito, e não houve um acompanhamento por parte do órgão estadual", diz.
"Ainda não se botou na cabeça das autoridades que fazer barulho é crime", afirma Bastos.

Folha online

Erosão as margens do rio Guamá


O rio Guamá é um dos rios estritamente paraenses, pois nasce e deságua dentro do território do Estado do Pará.
O rio constitui uma bacia onde existem tributários de peso, como o rio Capim, que deságua no suserano onde se encontra a cidade de São Domingos do Capim, no chamado nordeste paraense.
Tanto em extensão como no volume de água, o rio Capim é bem maior, pois, nascendo ao lado do lago da barragem de Tucuruí, o rio aponta suas águas sempre na direção norte e percorre mais que 600 quilômetros até encontrar finalmente a depressão do poderoso Amazonas.
O Guamá, nascendo a leste da cidade de Aurora do Pará, descreve um arco de círculo pelo norte e desliza por formações rochosas aflorantes de origens basálticas e graníticas, precipita-se na direção do sul em busca da depressão do delta amazônico, encontrando o Capim no seu terço médio.

Rio Guamá na orla da UFPA


Em São Domingos ainda se faz sentir o efeito das marés, tendo em vista que, desde a península Belém até lá, não há mais que 5 metros de altura. No encontro dos dois rios, em épocas de marés de sizígias, há a formação de pororoca, cuja atração turística já foi bastante aproveitada, porém, hoje, tende a diminuir e desaparecer, haja vista a falta de persistência para a divulgação de um turismo ímpar, pois esse é um fenômeno que acontece somente no Pará e no norte do Amapá.
Desse encontro e já dentro da influência do delta amazônico, o volume das águas torna-se avantajado, havendo larguras de 2 quilômetros com profundidades de dez metros. O Amazonas esparrama suas águas por todo esse caminho e é por isso que as águas são barrentas na maior parte do ano. Porém, nas nascentes, os dois rios apresentam águas límpidas e transparentes.
Ao chegar à costa da península Belém, o rio Guamá forma um verdadeiro delta, com três bifurcações que se encontram na baía de Guajará. Uma das ilhas, talvez a maior delas, chamada ilha do Combu, fica à vista de quem passa pela orla da cidade naquela face. A ilha pertence ao município do Acará, porém é habitada por pessoas oriundas da Região Metropolitana de Belém, da feita que a travessia é rápida e fácil.
A ilha já foi proposta pelo arquiteto Alcyr Meira para se tornar um bairro exemplar da cidade de Belém, como uma forma de fugir da ocupação desordenada e aproveitar a pujante flora que lá ainda existe.
A olhos vistos, a ilha já está sendo ocupada, e são muitas as residências sem qualquer aspecto de palafitas, em local cercado por açaizeiros exuberantes. Em oposição, a margem direita, onde estão os bairros do Jurunas, Condor e Guamá, a ocupação é terrível, mostrando uma ocupação por palafitas sujas e desengonçadas, ocupação por indústrias de transformação desordenadas e incipientes, ocupação por portos particulares e estaleiros caseiros, uma balbúrdia total que remonta aos primórdios dos agrupamentos humanos.
Essa ocupação das margens altera substancialmente as correntes. É que algumas protuberâncias que adentram o rio foram mantidas, enquanto outras foram sendo eliminadas, alterando a geometria da costa.
Um exemplo é a protuberância onde se encontra a Copala, logo após a UFPA. A corrente está desviando para a ponta da ilha do Combu e criando áreas de remanso na área da Cata, por onde já está passando a pista do Projeto Orla da prefeitura.
A costa da ilha do Combu está sendo escavada e parte poderá desaparecer, tendo em vista as fortes correntes. O mesmo está acontecendo com a margem da Universidade Federal do Pará, que está recebendo de forma frontal a corrente do Guamá e, nesse embate, a margem está sendo erodida furiosamente.
Conheço no Pará várias cidades com esse problema. A mais famosa é Cametá, que recebe a corrente do Tocantins de forma frontal e muitos recursos têm sido gastos para salvar a cidade da impetuosidade do rio.
Um problema parecido e mais tenebroso é o de Òbidos, pois recebe o Amazonas na sua face. Por essa razão, a geometria do Projeto Orla deve estudar a hidrologia do rio, para que não lhe aconteça um ataque frontal das correntes do lendário rio Guamá, que poderá ser mais furioso que se possa pensar.



Por Nagib Charone Filho


Aprenda o alfabeto pintando e conhecendo a cidade que você ama



O Ilustrador, publicitário e jornalista Sergio Bastos acaba de lançar o livro " ABC do Belém Tem Disso", já disponivel nas livrarias Somensi, NewsTime e Visão. O livro ensina a criançada a aprender o alfabeto usando ilustrações e poeminhas. Vale a pena conferir.
Outa pedida é conferir a pagina do ilustrador na internet http://www.belemtemdisso.com.br/index.htm que apresenta um portfolio com imagens do cotidiano de nossa cidade, além da biografia do artista.

Pesquisa traça perfil da população idosa


Cabelos brancos, pele enrugada, perda da vitalidade física. Esses são os sintomas do envelhecimento. Porém, ao contrário do que muitos pensam, a idade avançada, por si só, não caracteriza ou determina obrigatoriamente o estado de doença. Mais do que nunca, estudos sobre o tema comprovam que a qualidade de vida, na terceira idade, depende muito mais da cultura e força de vontade do ser humano em manter hábitos de vida saudáveis e auto-estima elevada em todas as fases de sua existência do que de qualquer outro motivo.
Tais dados estão fundamentados nas pesquisas do geriatra e professor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará, Yúji Magalhães Ikuta que, no momento, em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), desenvolve investigações sobre a “Fragilidade dos Idosos Brasileiros”. A iniciativa, denominada Rede FIBRA, envolve pesquisadores de diversas cidades. O objetivo é coletar o máximo de informações para que seja possível traçar um perfil geral sobre a situação de saúde da pessoa idosa no País. Atualmente, em Belém, a pesquisa está em fase de diagnóstico. A intenção é entrevistar cerca de 600 idosos em vários bairros da capital, de diferentes idades e de diversas classes sociais. De acordo com a pirâmide populacional brasileira, existem no País cerca de 17,5 milhões de idosos, o que corresponde a mais de 10% do total da população nacional. A estimativa é de que esse número possa dobrar em até 30 anos. Segundo o professor Ikuta, esses indicadores revelam uma tendência natural vivida não só no Brasil, mas também na maioria das nações, diante do processo de transição demográfica pelo qual passam as populações mundiais.
“A transição demográfica se dá em decorrência da diminuição das taxas de mortalidade e natalidade que, por sua vez, favorece o crescimento da população idosa”, explica o pesquisador. Conseqüentemente, também se observa o aumento da expectativa de vida da população brasileira. A média nacional, atualmente, está estabelecida em 72 anos. Essa idade varia de acordo com cada região, sendo que as regiões Sul e Sudeste são as que oferecem melhor expectativa, seguidas das regiões Norte, Centro-Oeste e, finalmente, Nordeste.
Em Belém, a população da terceira idade está em torno de 120 mil pessoas, o que corresponde a 8% do total da população. Segundo Yúji Ikuta, a expectativa de vida no Estado só não é maior devido a alguns hábitos desenvolvidos pelos paraenses por influências culturais, como, por exemplo, o de comer alimentos com muito condimento, açúcar, gorduras e sal, que suscetibilizam doenças como as cardiovasculares, as neoplasias, o diabetes e a hipertensão arterial.

Publicado No jornal Beira do Rio

Explicando o nome do Blog


Ita era o nome que designava a classe de navios, ou qualquer um dos navios a vapor brasileiros, pertencentes à Companhia Nacional de Navegação Costeira, que faziam a cabotagem, transportando cargas e passageiros de norte a sul do Brasil, na primeira metade do século XX e que tinham nomes em tupi-guarani iniciados pelas sílabas ita: Itaberá, Itagiba, Itaguassu, Itahité, Itaimbé, Itaipu, Itajubá, Itanagé, Itapagé, Itapé, Itapema, Itapuca, Itapuhy, Itapura, Itaquara, Itaquatiá, Itaquera, Itaquicé, Itassucê, Itatinga, Itaúba.

Concepção artística do navio a vapor Itapagé


Sendo assim, não pegar o Ita significar permanecer no norte, não ir para o sul.
Como morador de Belém, resolvi criar um blog para discutir assuntos de interesse de nossa Região, tais como ciência, cultura, religião e outros.
Portanto, sejam convidados a "não pegar o Ita".